quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Invasão chinesa - o cenário pacense


Interessante o texto de André Leite, cabeça de lista do PNR por Viana do Castelo, no blogue http://vianacasteloterraportuguesa.blogspot.com/ sobre a invasão levada a cabo pelos chineses ao nosso país e em particular ao nosso comércio.

Sem duvida, um assunto pertinente, numa altura em que a economia domina o debate publico. Todos falam em dar nova a vida à economia nacional, mas todos parecem esquecidos deste flagelo. Em Paços o comércio tradicional já quase se extinguiu, enquanto as lojas de Ping Lings surgem como cogumelos. Já não bastassem as dezenas existentes, estão apra abrir a breve prazo duas hiper lojas repletas dos produtos oriundos da China. O Governo não se importa, a CMPF muito menos e o povo cada vez tem menos poder de escolha... Ou vai aos chineses, ou vai aos chineses... Por isso, acho pertinente recordar um artigo de opinião de Elisa Ferreira no Jornal de Noticias à mais de dois anos! Peço-vos que percam um pouco do vosso tempo a ler:


"O termo chinesice", que em Português envolve uma certa candura, adequa-se provavelmente ao modo superficial como tratamos certos factos, nomeadamente nos meios de comunicação social. Mesmo quando a sua verdadeira natureza, justificaria por vezes, grande preocupação. Vamos a um desses factos.


No passado dia 15 de Fevereiro, uma noticia publicada no Jornal O Publico passou, aparentemente, quase despercebida. Ela relatava o regozijo de várias entidades oficiais do Baixo Alentejo por, ao assinarem o protocolo que justificava a noticia, começarem a ver coroados os seus esforços conjuntos para a criação em 100 hectares envolventes da zona aeroportuaria de Beja, da "maior porta de entrada de produtos chineses na Europa e Sul da Peninsula Ibérica."


Entretanto, o consignatário representante da industria e do comércio chinês, o sr Ping Chow, explicava que, de facto, empresas chinesas de pequena e media dimensão e principalmente dedicadas à produção de vestuário, se preparavam para se instalarem na zona; no entanto, sublinhava, todo este projecto "fica condixionado a que lhes seja dadas as melhores condições e os mais baixos custos e ainda (sic) à possibilidade de os empresários poderem trazer mão-de-obra do seu país, visto que há dificuldades em recrutar trabalhadores em Portugal!"


Não houve clamor publico, não ouvi explicações , nem vi debates televisivos sobre a matéria. Há algumas semanas, todavia, o país emocionava-se e debatia acaloradamente o facto do Ministro da Economia ter referido na China o facto, obvio e conhecido, de que, no contexto europeu, Portugal tinha salários relativamente baixos. (...) Ou seja: perante o discurso o país exaltou-se; perante o facto concreto, passou ao lado.


Compreendo o interesse regional, em captar alguma dinâmica economica (...) mas a verdade é que neste momento a dimensão de ameaça ainda se sobrepõe à de oportunidade.


Esta nova situação de abertura comercial, dialogo e "partenariado" está longe de ter sido acompanhada por um suficiente aumento de transparência da politica económica chinesa (...) tudo converge no sentido de que quem produz no espaço mais regulado do mundo - a Europa - se veja no imediato, fortemente ameaçado. As industrias mais facilmente apropriáveis são as primeiras a ser atingidas- e aí está a situação do Norte de Portugal a ilustra-lo!


(...)


Hoje, com a apatia generalizada do país e o eventual apoio oficial, congratulamo-nos com um investimento que, a concretizar-se, ajuda a destruir por dentro. Não traz inovação, nem tecnologia, nem valor acrescentado; traz trabalhadores chineses porque, afinal, os portugueses ainda são caros.


(...)"


Penso que este texto é um espelho do que se passa. É hora de dizer basta. Vota Partido Nacional Renovador - PNR, dia 27 de Setembro!

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